Usado para empresas de engenharia.
Uma empresa de referência no setor de eletrificação, responsável pela montagem de torres de energia de grande porte, enfrentava um desafio recorrente em ambientes técnicos: a dependência quase absoluta de planilhas Excel para planejar, controlar e reportar suas operações. Apesar do domínio sobre a ferramenta, faltava uma visão sistêmica que possibilitasse a migração para um ambiente mais integrado, o que limitava tanto a escalabilidade quanto a confiabilidade da gestão.
A Virada
O ponto de inflexão ocorreu quando a liderança reconheceu que a mentalidade centrada no Excel já não sustentava a complexidade crescente dos projetos. A entrada da inteligência artificial no processo de Discovery abriu caminho para uma nova abordagem: em vez de forçar uma transição direta para sistemas robustos, optou-se por um processo investigativo e gradual, que respeitou a cultura organizacional e transformou limitações em insumos de design.
O Papel da Simplicidade
A metodologia aplicada mostrou que a transformação digital não precisa começar com grandes plataformas. A simplicidade esteve em usar IA para organizar entrevistas, estruturar glossários, gerar fluxos funcionais e criar histórias de usuário em linguagem acessível — aproximando tecnologia e operação. Essa escolha reduziu resistências internas e facilitou a compreensão das etapas necessárias para migrar do Excel para um sistema integrado.
A Explosão: Fatores Convergentes
O sucesso do Discovery foi resultado da convergência de três fatores:
1 IA como acelerador – processando rapidamente entrevistas, fluxos e cálculos, reduzindo meses de trabalho em semanas.
2 Curadoria humana como filtro – ajustando desvios, garantindo qualidade técnica e reinterpretando as saídas da IA em um contexto sistêmico.
3 Ferramentas colaborativas – como notebooks inteligentes, ambientes de prototipagem e plataformas visuais, que transformaram dados brutos em narrativas claras e acessíveis para diferentes públicos.
Implicações
Este caso revela que a transformação digital em setores técnicos não é apenas uma questão de tecnologia, mas também de letramento. A IA mostrou-se capaz de acelerar a curva de aprendizado, mas só produziu resultados consistentes quando acompanhada de curadoria humana crítica. Para empresas de engenharia, a principal lição é que migrar do Excel para sistemas integrados exige tanto o redesenho de processos quanto a tradução cultural de termos, conceitos e mentalidades.
Conclusão
A experiência mostra que a aliança entre IA e expertise humana pode transformar a fragilidade de processos fragmentados em uma base sólida para inovação. Mais do que ganhos de tempo, o projeto comprovou que simplicidade, clareza e curadoria crítica são os verdadeiros motores da transformação digital em contextos complexos.